Pensar, sentir, negar, amar e até odiar a deus; qualquer coisa que se relacione com ele (filosofia, espiritualidade), também me fascina muito. Gosto muito de filosofar sobre Deus, ou até mesmo tentar escrever uma poesia, ou uma carta infinita para ele. Às vezes penso em Deus e tenho vontade de começar uma carta para ele, sem fim. Porque mesmo o ateu, de vez em quando parece que também conversa com Deus (ele existindo ou não, se é que podemos falar nesses termos, em existência). Deus existe? Ou é algo um pouco além disso? Como se pudéssemos dizer que ele na verdade subsiste a tudo, que é o todo; logo absoluto, logo livre e necessário. Assim, Deus não poderia ser definido, mas é aquilo que define tudo: "incausado", causa de si mesmo, antes do mundo (ex-machina), anterior ao tempo (na eternidade não há tempo; a eternidade não é um tempo grande, infinito: seria outra dimensão, se é que assim podemos falar). Gente, resumindo: adoro pensar sobre esse cara, Deus; ou mesmo senti r que sinto sua presença, mesmo que isso seja mero en-tusiasmo. Traduzindo a palavra entusiasmo: somente ou o tudo de ter Deus dentro de si). Mesmo que tudo isso seja mera ilusão. A experiência de plenitude, seja ela na igreja, no terreiro, no amor, na brisa fresca da manhã com passarinhos cantando e o sol nascendo, ou mesmo na cama cm quem a gente ama: isso tudo para mim pode ser Deus, ou qualquer outro nome que vocês quiseram dar pra essa estória. Tudo isso nem pensa na verdade. A gente vive. São experiências totais, de plenitude.
Desculpem-me, devo ter escrito demais. Escrevi, há pouco tempo, uma poesia, em um momento em que me sentia perto de Deus, ou do amor, da paixão, não sei. Era um momento, para mim, em que minha alma sobrevoava uma grande imensidão de não sei o quê. Abaixo, cito alguns trechos da mesma:
"Sou também aquele que mira o absurdo e pode degustá-lo. Volto a voar por entre nuvens e horizontes de alegria estampados no sorriso de quem se colidiu com um caminhão de sentimentos e o terremoto que isso faz na alma. Jamais somos somente o que se fabrica nas vozes que comandam a orquestra da banalidade. Somos vulcão e a onda do mar de sensações que explode com qualquer exército de razão. Somos folha no vento soprando saudade na vila do desejo. Somos também uma coisa que respira poesia, e o parto de uma tempestade de belezas inauditas. Basta descobrir a criança que sorri por detrás do homem. Basta desenterrar canções que plantamos para colher um pouco de amor. (...) Deve-se olhar para o fundo da terra moída de nosso segredo e de nossa dor. Deixar que as mãos instalem o futuro de nosso sorriso. Peço demissão do mundo feito máquina de bajular a normalidade. E o dia começa em um sorriso de duas palavras e um coração povoado de vida."
Também tenho uma poesia que escrevi somente sobre Deus (De Deus em quando). Só eu e ele: "o Deus". Esta expressão eu ouvi dizer que saiu da boca de uma criança pequena, muito aflita e chorando pela mãe que acabara sofrer um acidente na sua frente: "Minha mãe... minha mãe (...) Cadê o Deus, cadê o Deus? Por que ele não tá aqui pra ajudá minha mãe?"
Desculpem-me, devo ter escrito demais. Escrevi, há pouco tempo, uma poesia, em um momento em que me sentia perto de Deus, ou do amor, da paixão, não sei. Era um momento, para mim, em que minha alma sobrevoava uma grande imensidão de não sei o quê. Abaixo, cito alguns trechos da mesma:
"Sou também aquele que mira o absurdo e pode degustá-lo. Volto a voar por entre nuvens e horizontes de alegria estampados no sorriso de quem se colidiu com um caminhão de sentimentos e o terremoto que isso faz na alma. Jamais somos somente o que se fabrica nas vozes que comandam a orquestra da banalidade. Somos vulcão e a onda do mar de sensações que explode com qualquer exército de razão. Somos folha no vento soprando saudade na vila do desejo. Somos também uma coisa que respira poesia, e o parto de uma tempestade de belezas inauditas. Basta descobrir a criança que sorri por detrás do homem. Basta desenterrar canções que plantamos para colher um pouco de amor. (...) Deve-se olhar para o fundo da terra moída de nosso segredo e de nossa dor. Deixar que as mãos instalem o futuro de nosso sorriso. Peço demissão do mundo feito máquina de bajular a normalidade. E o dia começa em um sorriso de duas palavras e um coração povoado de vida."
Também tenho uma poesia que escrevi somente sobre Deus (De Deus em quando). Só eu e ele: "o Deus". Esta expressão eu ouvi dizer que saiu da boca de uma criança pequena, muito aflita e chorando pela mãe que acabara sofrer um acidente na sua frente: "Minha mãe... minha mãe (...) Cadê o Deus, cadê o Deus? Por que ele não tá aqui pra ajudá minha mãe?"
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