Tuesday, January 04, 2005

ARDOR-ESSÊNCIA ("volúpia de jazigo instantâneo" - versão II versada de lindeza do paraíso espontâneo)

(Classificado para a antologia do Concurso Escriba de Poesias de 1998. Concurso com 1950 trabalhos inscritos e todos os estados do Brasil representados)


Pés e perna em brilho,

descobertos à intimidade doméstica.

Pele exposta, cabelos longos,

suave sua massagem encobre erógenas curvas.

Pudico ambiente aberto

à fugaz e inocente presa

corre...

passeia à imaginação

pelo quarto:

pernas

ancas

ventre

descansa o sexo em beijo ao lençol.

Suspensos mamilos,

espreguiça na cama o corpo livre

excitação desespera-se por romper à rua,

ânsia pressa exibir-se

pele sem peça

pés

à

ca- be-

-ça.

Puro sexo o

cheiro andar coxas e nádegas.

Firme,

exposto à pouca roupa, o verde fruto róseo,

em doce acidez, cativa ao pé

dos pés à cabeça.

Seios à frente,

amistosa recepção.

No sorriso um arriscado convite.

Perigosa a obscura aventura,

nas pernas o tremor entrega.

Hesita gagueja engasga seco disfarça

o sorriso amarelo se esforça para a visão enxergar melhor.

Turvas atitudes,

comportamento

indeciso

ao

provável

prazer.

Desespera-se,

goela adentro o desafio.

Inchada, a imaginação corre ao banheiro:

porta fechada,

teto rodando,

rápida mão...

Até às paredes espirra a adolescência!

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