(Antologia do Concurso Nacional de Poesias "Regina Lima")
O pensamento corre na lama
do ponto de alguma ventania
de palavras a se conquistar no instante
de momentos secos de...
poesia
e s p a l h a d o s pelos arredores da morta rotina
a tragar toda a flor que me brotava no longe do quando tinha a lembrança
de nossa existência medíocre,
perdida no todo dia pago na eterna parcela de um carnê
a nos prometer alguma visão de felicidade,
trancada no possível de somente aquela minoria sempre a mesma da história abandonada na esquina de nossos deveres esperando ser cumpridos.
Atropela-se o tempo de vadiagens que nos erram na perfeição
do cenário construído para abrigar nossa condição miserável de consciência.
Escrevo a curva que o corpo executa
na busca do garimpo mais
fundo de nós mesmos
no tanto de tentar esconder o poço escuro em nossa sombra
a nos pedir o erro e o absurdo.
Falo,
e a cada palavra também engano o martelo que tenho no peito
a me dizer todo dia de um mesmo sol que nasce em cada pensamento já estéril, rumando na direção do que aplaudimos enquanto inquestionável.
Grosseira a alegria de um livro escrito por sobre toda a sorte de perguntas infantis
a atropelar o mais calado sujeito que tem como vício o simples ato de obedecer. Venho, finjo-me o dicionário de meu ócio,
enterro o que não me justifica,
puxando quem lê para o horizonte descampado da minha loucura
a embelezar o mapa já velho das minhas verdades.
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