Como Einstein volta e meia falava em Deus, dizendo o que esse fez ou deixou de fazer, muitas pessoas afirmam que ele acreditava em Deus. Mas não é bem assim.
Einstein era um deísta. Não era teísta, como a maioria dos crentes. E também aceitava que fosse classificado como um agnóstico. Não acreditava em um Deus pessoal, que tivesse qualquer tipo de influência intencional sobre a vida humana. Para Einstein o ser humano não significava absolutamente coisa alguma para Deus. Confiram alguns trechos sobre o tema, na biografia de Einstein, escrita por Walter Isaacson (2007):
“O herói intelectual decisivo da Academia Olímpia foi Baruch Espinosa (1632-77), o filósofo judeu de Amsterdã. Sua influência foi primeiramente religiosa: Einstein aceitou seu conceito de um Deus amorfo refletido na beleza e na racionalidade comovente, bem como na unidade das leis da natureza. Mas, assim como Espinosa, Einstein não acreditava num Deus pessoal que recompensava e punia, intervindo em nossa vida cotidiana.”
“Einstein mais tarde se envolveu numa troca de ideias sobre esse tópico com um guarda-marinha das forças navais americanas a quem não conhecia pessoalmente. Era verdade, indagou o marinheiro, que Einstein fora convertido por um padre jesuíta e passara a acreditar em Deus? Absurdo, respondeu Einstein. Continuou dizendo que via a crença num Deus que era uma figura paternal como resultado de “analogias infantis”.”
“Você pode me chamar de agnóstico, mas eu não compartilho daquele espírito de cruzada do ateu profissional, cujo fervor se deve mais a um doloroso ato de libertação dos grilhões da doutrinação religiosa recebida na juventude”, explicou. “Prefiro a atitude de humildade que corresponde à debilidade da nossa compreensão intelectual da natureza e do nosso próprio ser.””
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