Onde falta o estado, e bem-estar social, sobram igrejas.
E afirmar simplesmente que religião muda a vida das pessoas para pior não faz muito sentido, porque essas pessoas encontram redes de apoio em igrejas e templos. Encontram algo que é fundamental para o bem-estar psicológico.
Fazer parte de uma rede de apoio, de um grupo no qual se é acolhido, é fundamental para que a vida se organize de modo minimamente razoável, para que a pessoa possa continuar vivendo, para que ela não adentre um ciclo destrutivo, o qual em nossa sociedade está muito relacionado à drogadição, uma série de transtornos mentais incapacitantes e criminalidade.
Uma pessoa que segue uma série de dogmas, para se sentir pertencendo a um determinado grupo, pode até ser vista como alguém quem não está caminhando de modo muito racional, quando se refere a pensar qualquer coisa fora do que seu grupo pensa. Possui um nível baixo de crítica, autocrítica e independência intelectual. Mas tem forças para continuar vivendo. Pensa que sua vida tem sentido pela existência de uma entidade onipotente e sobrenatural, mas na verdade a sua vida de fato tem sentido porque faz parte de um grupo que a acolhe.
Prefere até mesmo o fim do mundo a deixar a companhia de seus pares.
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