Não existe Psicologia Cristã. Existem psicólogos que são cristãos, assim como existem psicólogos judeus, protestantes, espíritas, ateus, e das mais variadas perspectivas religiosas. Porque religião não pode se misturar com o trabalho do psicólogo, porque esse profissional irá se defrontar com pessoas que precisam de sua ajuda, as quais possuem também as mais variadas perspectivas religiosas. E essas pessoas precisam ser compreendidas e respeitadas a partir de seus próprios referenciais, de seus próprios contextos de vida. Não precisam de catecismos nem de conversão. Precisam ser aceitas e compreendidas.
Portanto, afirmar que existe uma abordagem em Psicologia que seria a da Psicologia Cristã, e tentar atuar conforme essa concepção, é deturpar os princípios fundamentais e a atuação da Psicologia de modo profundo. É incorrer toscamente em erro e desrespeito para com as variações individuais e culturais que permeiam a vida humana. É uma postura de negação do outro, de negação da diferença: contrária aos direitos humanos. Atuar segundo essa concepção é atuar de modo intolerante, anticientífico e antiético. É ser um antipsicólogo.
Comunicado do Conselho Federal de Psicologia (CFP) sobre formação em “Psicologia Cristã”:
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