Tuesday, November 02, 2004

SESSÃO DIÁLOGOS INDIGENTES (PÓS-INDÍGENAS)

BOBEIRA

- O bobo repete, repete, repete...e... pára?
- Não, ele repete.
- Quem repete?
- O bobo.
- Quem é ele?
- Aquele que repete.
- Por que é bobo?
- Porque repete.
- Repetir é bobo? Me responda, repetir é bobo? Me responda, repetir é bobo? Repetir é bobo?
- Pode ser, pode ser, pode ser.
- Que idiota.
- Não.
- Você não acha idiota?
- Não.
- Por que não?
- Porque é bobo, idiota.
- Sua mãe!
- Onde?
- Idiota é a sua mãe.
- E bobo é você.
- Sou, repito, sou um bobo.
- Repita, se for mesmo.
- Eu sou um bobo, aliás, o bobo: beó-beó-bó-bó. Bobo!
- Você assume a sua bobeira?
- Assumo, é minha. É minha e de todo mundo.
- Quanto bobeira...
- E você quer mais?
- Não. Torrou a paciência. Ninguém mais suporta ou admite uma coisa dessas. Coloquemos um ponto final nesse assunto realmente de uma vez por todas!
- Tá bom. Mas que tal umas reticências... assim...bonitas...
- Não combina com a história, é muito cor-de-rosa, muito drama sem fim, muita manha. O melhor mesmo é o IDEM-IBIDEM!
- Remédio forte, mas bom. Legal!
- IDEM!

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