No calor sinto cheiro de bosta, bicho, vida e morte. No frio me sinto limpo, estéril, robótico. Essa bosta toda me cansa. Prefiro o descanso da armadura que me separa do frio na espinha. Prefiro o vento mordaz, a aventura a me iludir que venço um pouco a natureza, ao caminhar sobre o gelo imaginado, com minha fortaleza em forma de roupas sobre roupas. O frio se enfrenta, com fogo e couro inventado. Do calor se foge pra lugar algum. Cada um com sua prisão. Se teu calor move tua alegria, meu frio me empurra pra morte da minha moleza de espírito.
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