Quem me vê escrevendo sobre o quanto prezo por uma cultura da paz, deve pensar que minha história de vida foi toda serena e pacífica. Muito pelo contrário. Acho que cresci em um ambiente violento, tanto verbal quanto fisicamente, incluindo minha família, vizinhança e escola. Tive de brigar, com socos e chutes, algumas vezes na minha infância e início da adolescência, fora de casa. E dentro de casa havia também obviamente muita briga assim, com violência física e verbal, com meus irmãos e meus pais.E quem nunca esteve, fora de casa, em uma briga com um estranho, com socos e pontapés, sem ter ideia no que isso pode resultar, não sabe como isso, nas primeiras vezes, é extremamente ansiogênico. É assim, de modo geral, para a maioria das pessoas que se envolveram em brigas. Fora todas as outras práticas violentas que se dão nas interações entre as pessoas, e e que são em sua maioria verbais, as quais implicam em humilhações, ameaças, tortura psicológica, assédios, bullying, etc. Sem contar nas diversas vezes que em ambiente acadêmico, ou de trabalho, plantei dificuldades enormes para a minha vida, em função de comunicações violentas de minha parte. E é justamente por ter sofrido e cometido, por várias vezes, atos violentos, e também por ter testemunhado diversos atos violentos, com diversas pessoas, que tenho apreço por uma cultura da paz, juntamente obviamente, com todas as evidências científicas favoráveis a esse tipo de postura.
PS: E tem gente que acha também a ironia uma coisa linda. É, muitas vezes é uma coisa linda, e eu inclusive fui fazer um doutorado sobre ela. Fiz meu doutorado sobre ironia. E eu conquistei muitos inimigos com minha ironia. Que belezura! Que alegria!
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