Uma coisa interessante de ter muitas horas em uma determinada área de trabalho é a autoconfiança que se adquire.
Tenho muita autoconfiança para fazer intermediações e negociações entre duas partes em conflito. Uma coisa que sei fazer, com tranquilidade, é sentar com pessoas que estão em franco desacordo, ou até mesmo em uma relação consolidada de desamor, de inimizade, e ir paulatinamente conseguindo acolhê-las e costurar acordos.
Sei abrir, aos poucos, uma série de assuntos que são extremamente dolorosos e difíceis. E assim vou ouvindo, a cada uma das partes, para ir gradualmente me direcionando à tentativa de construção de acordos e compromissos.
Tenho também uma série de limitações pessoais, as quais me implicam em inúmeras dificuldades na interação com as pessoas. Minha vida pessoal, como um todo, não serve de exemplo, de modelo para ninguém. Porém, como a minha profissão está muito voltada para isso, para sentar com as pessoas e tentar construir acordos, mesmo que minha própria vida pessoal seja um pouco bagunçada nesse campo (como é a vida da grande maioria de nós), meu papel de profissional da mediação quase nunca se abalou em função disso.
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