Imagine que alguém sofra de um ciúme patológico. O cônjuge é fiel, um santo, mas equivocadamente o ciumento pensa constantemente que está sendo traído. Sofre constante e intensamente em função de seu equívoco. Eis o inferno dos tolos: conceber o pior cenário possível, nunca saber o que de fato está ocorrendo, quando tudo na verdade é uma benção.
Mas existe também o paraíso dos tolos. Há, equivocadamente, convicção e segurança de que o outro é fiel, quando na verdade é o contrário.
Então, o que é pior: o inferno ou o paraíso dos tolos? Não sejamos tolos: obviamente que é o inferno. Tolice por tolice, fiquemos com o paraíso.
Conclusão: se você é tolo, é melhor ser otimista. Se você não sabe o que as coisas são, ou o que está acontecendo, é melhor ser otimista. Neste caso o otimismo é o colírio, o adoçante dos tolos. Porque torna a tolice muito menos amarga.
E é também por isso que o otimismo vende mais. Porque é a tolice quem com mais frequência dá as cartas.
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