Estou numa fase muito CNV (comunicação não violenta) e CVV (centro de valorização da vida). Depois que quebrei o pau aqui em meu condomínio com alguns vizinhos, por causa de política (e depois consegui me reconciliar para continuarmos tendo uma interação minimamente cordial), fiquei vacinado e não estou caindo mais em uma série de armadilhas que podem despertar a minha agressividade, e fazer com que eu me perca em um volume e tom de fala um pouco mais agressivos, ou até mesmo em uma comunicação, em termos de conteúdo, um pouco mais agressiva. Estou vacinado e não estou caindo também na armadilha de que viver assim é viver de um modo mais sem graça. Para ser engraçado não precisa agredir ninguém. Para ser engraçado não precisa bancar o louco descontrolado. E eu gosto muitas vezes de bancar o engraçadinho (defendi uma tese de doutorado sobre ironia, lembram?). Mas sei que existem muitas formas para fazer com que as pessoas riam e que possamos rir junto com elas. E quem não está entendendo o que estou dizendo, abra o Google Assistente e peça à mulher do Google para contar piadas. São várias as piadinhas ali, de conteúdo livre, para qualquer criança acessar, e há sim muitas coisas engraçadinhas que operam principalmente com duplo sentido. Então a base do humor não é necessariamente a agressividade. É brincar com duplos sentidos. Isso pode ser feito de uma forma suave, e conseguir assim despertar o riso.
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