Já pude acompanhar muitos estudantes com ansiedade de desempenho. Em período de prova entram em crise e chegam até mim muitas vezes com diagnósticos que lhe foram imputados no passado: "Fui diagnosticada com TDAH", "Tenho depressão", "Fui diagnosticado transtorno de ansiedade generalizada"...
E também me relatam as mais variadas formas e tentativas de enfrentamento: homeopatia, coaching, pensamento positivo, meditação, controle da respiração, "porque eu acho que eu tenho que aprender a me controlar", "meu problema é minha falta de autocontrole", "porque eu preciso ser mais otimista", etc.
Como estão em época de prova, de avaliações, o principal sintoma, obviamente, é a ansiedade. A maioria dos métodos que as pessoas utilizam nessas situações são meramente paliativos. A melhor forma de tratar ansiedade de desempenho é ter um treinamento sólido, que se desenrola no tempo, e vai gradualmente fazendo com que a pessoa adquira mais autoconfiança em relação à habilidade que será testada.
Pouco serve meditar, controlar a respiração ou pensar positivo se o treinamento não foi bem feito. Quando um treinamento é muito bem feito, todas essas técnicas paliativas acabam se tornando desnecessárias. Porque, de tanto que treinou, ficou automático. Não há muito sobre o que pensar, e não há porque haver medo ou pensamentos negativos, por exemplo. A pessoa simplesmente vai lá e faz.
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