Segundo dados do Banco Mundial de fato a taxa de suicídios (2012), em nível mundial, por volta de 11,3 / 100 mil habitantes, é alarmante, se comparada com a taxa de homicídios intencionais: por volta de 6,2 / 100 mil habitantes. Em 2014 a taxa de homicídios caiu para 5,3/100mil, mas ainda não há dados mais recentes sobre a taxa de suicídios.
A taxa de suicídios, portanto, é mais ou menos o dobro da taxa de assassinatos, e nos países ricos essa proporção é muito maior. Na União Européia, por exemplo, a taxa de assassinatos é de 1/100mil e a de suicídios é de 12,2/100mil.
Contudo, em países notoriamente violentos como o Brasil, o cenário se inverte.
Segundo dados do Banco Mundial, em 2012, no Brasil, a taxa de assassinatos foi de 24/100mil, e em 2014 foi de 25/100mil (e não há dados mais recentes registrados nas estatísticas do Banco Mundial). A taxa de suicídios, em 2012, foi de 6/100mil.
Fora o fato de que um assassinato gera muito mais prejuízos sociais do que um suicídio. Um homicídio intencional gera um morto e um preso. Há a perda de duas pessoas, que geralmente estão em idade produtiva: uma morre e a outra vai presa; fora o fato de que a pessoa presa irá onerar os cofres públicos. Ou seja, um assassinato é muitíssimo mais custoso que um suicídio.
Como nos países ricos eles já, em boa medida, resolveram seus problemas de violência urbana, resta-lhes a preocupação com suas altas taxas de suicídio.
Ou seja, lá as pessoas estão tirando a própria vida cerca de duas vezes mais do que aqui. E aqui as taxas de suicídio são menores, mas a violência (com seus custos muito mais altos) é altíssima. Uma proporção enorme de nosso orçamento é dispendida com segurança e isso diz muito sobre o nosso atraso.
No comments:
Post a Comment