Os códigos morais variam conforme o contexto sócio-histórico-cultural. Mas defender que não existe a possibilidade de uma ética objetiva (de que é impossível definir objetivamente o que é bom ou mau, após a análise criteriosa e sistemática de alguns contextos específicos das interações entre os seres que sofrem) é definitivamente jogar todo empenho, história e utilidade da Ética e da Bioética no lixo. E mais: se a ética é subjetiva, definir o que é bom ou mau depende somente de uma guerra de umbigos. Isso é irracional: afirma a força como mais importante do que a razão. Afirma que no final das contas o veredito será dado em favor do mais forte. É permitir a ditadura da maioria. É ser contra os direitos humanos.
A minha impressão é existe uma certa confusão conceitual nesse debate. Penso que existem dois níveis conceituais envolvidos. O primeiro diz respeito aos códigos morais, os quais variam em termos temporais, geográficos, culturais e sociais. O segundo nível diz respeito à questão da existência do bem e do mal. E aí talvez seja necessária a restrição ao que é fundamental. Na minha concepção é fundamental se pensar sobre a essência do mal. Penso que o mal existe sim e, claro, a experiência do mal irá variar de sujeito para sujeito, mas isso não quer dizer que não exista. Varia, mas não deixa de existir. Objetivamente existe. O mal é o sofrimento.
Desde a formulação do paradoxo de Epicuro, séculos antes de Cristo, isso é bem sabido. O mal objetivamente existe porque o sofrimento objetivamente existe. Os seres sencientes sofrem. Os seres humanos sofrem. E boa parte do empreendimento humano visa a construção de dispositivos, estruturas ou realidades para que esse sofrimento seja diminuído. E o bem se refere a toda ação que diminui ou extingue sofrimentos evitáveis, ou toda ação que vise à compreensão de como transformar sofrimentos inevitáveis em evitáveis.
A minha impressão é existe uma certa confusão conceitual nesse debate. Penso que existem dois níveis conceituais envolvidos. O primeiro diz respeito aos códigos morais, os quais variam em termos temporais, geográficos, culturais e sociais. O segundo nível diz respeito à questão da existência do bem e do mal. E aí talvez seja necessária a restrição ao que é fundamental. Na minha concepção é fundamental se pensar sobre a essência do mal. Penso que o mal existe sim e, claro, a experiência do mal irá variar de sujeito para sujeito, mas isso não quer dizer que não exista. Varia, mas não deixa de existir. Objetivamente existe. O mal é o sofrimento.
Desde a formulação do paradoxo de Epicuro, séculos antes de Cristo, isso é bem sabido. O mal objetivamente existe porque o sofrimento objetivamente existe. Os seres sencientes sofrem. Os seres humanos sofrem. E boa parte do empreendimento humano visa a construção de dispositivos, estruturas ou realidades para que esse sofrimento seja diminuído. E o bem se refere a toda ação que diminui ou extingue sofrimentos evitáveis, ou toda ação que vise à compreensão de como transformar sofrimentos inevitáveis em evitáveis.
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