Mesmo no caso da histeria coletiva há uma especificidade do contexto: algumas pessoas, em uma determinada comunidade, de repente apresentam sintomas que comprometem sua funcionalidade. A histeria coletiva diz respeito a um transtorno específico, o transtorno de conversão. É muito diferente, mas muito diferente mesmo, de tentar abusivamente afirmar que governistas ou não-governistas padeceriam de algum tipo de transtorno mental.
Se você quer afirmar de modo vulgar, ou como força de expressão, que um determinado grupo de pessoas, do qual você discorda, é simplesmente louco, fique à vontade. Não vejo muitos problemas nisso.
Somente não queira obter, de profissionais da área de saúde ou pesquisadores, algum diagnóstico de transtorno mental para essas pessoas. Seria antiético, abusivo. Isso é classificado como abuso psiquiátrico e já ocorreu com frequência, em nossa história, sempre que tentaram desqualificar, neutralizar, isolar ou exterminar pessoas que têm um posicionamento ideológico diverso daquele dominante em um determinado contexto.
É querer carimbar e colocar um rótulo (falso) de comprovação científica em adversários e assim exclui-los do debate político. Isso é, no mínimo, autoritário, antidemocrático.
Para quem quiser se aprofundar um pouco no debate, sugiro começar pela leitura do verbete sobre o tema, na Wikipedia:
Fiz também dois vídeos que tangenciam esse tema:
Equivocados ou loucos? Qual é o limite entre o equívoco e o delírio?
Existe loucura coletiva?
No comments:
Post a Comment