Tuesday, September 05, 2006

Alma de quintal alegre e imenso

(Antologia do Prêmio Sesc de Poesia, 2006)

Em meu deserto de segredo e silêncio,
na esquina de minha miopia,
no ponto absurdo de meu corpo
que se alimenta de não penso.
Nos planos de um coração perdido e quase morto,
de uma alma de quintal alegre e imenso.

No tempo que devora homens lá fora,
na vida que planto todo dia,
no tanto que já fui embora,
no reino de tudo que espera,
de um coração mastigado de hora em hora,
ou da colheita do que já era
e dos mundos em que me perdi.
Hoje sou milhões de pássaros cantando
Em seu sorriso...
amanheci

3 comments:

nadja soares said...

deliciosa!
postei sua poesia em uma comunidade do orkut.
acho que devia ter te perguntado antes, mas achei tão bonita que quis partilhar com outros...
por outro lado, diz-se que as obras-prims adquirem vida-propria apos serem criadas.
e seu dono-autor já nada pode fazer a não ser observar a vida que leva a sua criação...
será?
será que fiz bem?
será que fiz mal?
perdoe-me sim. ato impensado porem repleto de admiração por vc.
bj

Alessandro said...

Frank, esse eu mandei pra namorada! Falei que era seu mas que falava muito bem sobre mim. Aliás, caro amigo, nosso encontro nesse planeta é uma dádiva do cosmos!

Anonymous said...

Daquilo que eu sei,
Nem tudo me foi permitido
Nem tudo me deu certeza,
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido.

Não fechei os olhos,
Não tapei os ouvidos,
Cheirei, toquei, provei
Ah! Eu usei todos os sentidos,
SÓ NÃO LAVEI AS MÃOS,
E é por isso que eu me sinto,
Cada vez mais limpo!

Ivam Lins e Voctor Martins