Cheguei bem cedo. Seria um dia repleto de atividades. Zezinho, nosso porteiro titular, está lá, sorridente, como sempre, para receber a todos com carinho, principalmente as mulheres. “Eu sou o sorriso caixão”, com sorriso e olhar siderados. Como se estivesse despindo o universo de todo e qualquer mistério. “Lá dentro é tudo enterro e missa com cara de fome. E o padre tem um incêndio debaixo da batina. É, eu vi sim. Oh, não conta pra ninguém: estudei muito pra isso, pra ser o imperador da ventania”, erguendo os braços, os cabelos ao vento, como um profeta esquálido do fim dos tempos. E assim e abraçou o sol e a manhã inteira.
CRÍTICA DO SENSO COMUM E PROSA - Quem quiser adquirir o livro, acesse o link do canto superior direito
Monday, July 04, 2005
Os loucos
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