Ninguém gosta de poesia. Fala que gosta, numa noite fria. Mas gosta mesmo é de palavras doces, açúcar, ingrisia.
Ninguém gosta de poesia. Gosta de palavras fáceis e coisa rimada. Musiquinha pra embalar manada.
Ninguém gosta de palavra arrastada. De boi comendo solto num pasto de expressões bizarras, em salada. Pra buscar lá atrás uma conjunção, de pura condensação de beleza. E isso, pro básico da vida, não é nada. É luxo de expressão. Pode ser, na vida do sentimento, um vulcão. Mas pra barriga não é pão. Não é nada.
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