O futebol no Brasil
talvez seja uma fábrica de apelidos. Na copa, na maioria dos times, vemos nome
e sobrenome em seus uniformes. Com o time brasileiro a coisa é diferente e vou
citar somente alguns “nomes”, mais famosos: Dodô, Dadá Maravilha, Fio
Maravilha, Biro-Biro, Vampeta, Zico, Zito, Dida, Tita, Pelé, Dondinho, Cafu,
Tinga, Ataliba, Bebeto, 1958: Didi, Oreco, Zózimo, Vavá, Pepe, 1950: Nena,
Maneca, 1978: Nelinho, Chicão.
Eu mesmo dei um
apelido pra um colega, o qual ficou muito famoso com ele, após uma partida de
futebol. O cara era novo no bairro e chegou com a maior panca. Pensamos: “é bom
de bola”. E, para nossa nauseante surpresa, ele era muito peba, muito pé na
forma. Não fazia diferença a presença dele em campo. Eu tinha 11 anos e havia
acabado de aprender o conceito de elemento neutro em matemática. Não hesitei e
tasquei: você é neutro. Ele não entendeu nada, mas o apelido pegou até para seu
irmão mais novo, também ruim de bola, o Neutrinho. Duplinha dos infernos
aquela: Neutro e Neutrinho.
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