Agora moro na alegria,
outrora perdida em minha truculência assustada, pela alma encolhida num canto
triste do desprezo, o qual eu mesmo cegamente alimentava no olhar de quem não
enxergava uma gota sequer da minha realidade esquecida e pisoteada pela pressa
do mundo, pela pressa de quem soube abraçar o que é normal, de quem soube bater
palmas para os donos de tudo o que eu abominava e jurava inutilmente lutar para
demolir na esquina de nosso medo, no abismo de nosso desencontro.
No comments:
Post a Comment