Muito comum se ouvir que Deus é onipotente, onisciente e onipresente. Acerca da primeira qualidade existe um argumento interessante: se ele é onipotente, se ele pode tudo, pode também construir uma pedra que não dê conta de carregar? E eis o paradoxo: se sim, logo não pode tudo – pois não poderia carregar o que criou. Se não, logo também não pode tudo, pois não é capaz de construir a tal pedra. Logo, concluindo, não é onipotente. Isso nos faz pensar que não existe algo ou alguém onipotente. A onipotência não existe, não tem cabimento. Se Deus existe, não pode tudo. É mais humano do que imaginamos. Também erra e também falha. Logo, pode ser que também nos deva desculpas, em alguma circunstância ou condição. E se ele, em algum momento ou aspecto, nos deve desculpas, o que fazer para perdoá-lo?
5 comments:
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o próprio texto responde a incógnita, na parte: “É mais humano do que imaginamos”
dessa forma, aponto: se um ser humano gozasse de consciência e saber do que significa o TODO (oni); o que é o PODER; o que é a CONSCIENCIA de deus e, ainda, quais são os ESPAÇOS que deus anda ou deixa de andar... certamente ele seria igual a deus.
pois bem, voltando ao seu textículo... e em base com o que o mesmo sugere.
“se ele é onipotente, se ele pode tudo, pode também construir uma pedra que não dê conta de carregar ?.. “
Sim. muito embora o enunciado esta carregado de “coisas humanas”: construir (criar o não criado); ...não dar conta... (incapacidade de realização); carregar (envolve um corpo físico).
mas, como ele pode tudo (aceitando a idéia) então ele também pode, caso queira, curtir umas coisas humanas... afinal deus não é de ferro.
ai, finalmente, deus constrói a bendita pedra que não dará cabo de ergue-la.
eis que deus diante do grande problema – erguer a pedra – se viu impotente...
ele teve uma idéia, resolveu utilizar a chave trazida pelo texto, onde diz sobre uma tal onipresença...
é ele presente em tudo, presente no velho de barba branca e presente em TODAS as pedras.
eis que deus “se encanta” e passa a viver dentro da grande pedra. e esta acolhe o corpo do velho barbudo com um triangulo flutuante na auréola...
alguns segundos, deus ficou mais onisciente do que nunca ao viver dentro daquela pedra. deus não pode carregar a pedra mas pode penetrá-la.
e veio ficando ciente, ciente, ciente, ciente... até que ficou de saco cheio daquilo tudo. muita dureza, muita rigidez, muita inércia...
ficou muito puto da vida e sentiu que PODIA sair daquilo tudo.... até que de repente BAAAAAAAANNGG !!!!,
EXPLODIU TUDO....
ai foi pedaço de pedra pra TUDO quanto foi lado... e assim NASCEU O UNIVERSO novamente...!!
assim deus permaneceu ONIPRESENTE em tudo quanto é pedra no universo...
FIM (powered by xoomei el-ayors - xoomei@uol.com.br)
ps. dizem que na 2a. tentativa quando teve que “criar uma pedra que não pudesse carregar” de novo, ele preferiu uma solução mais simples e prática:
“CARREGOU magneticamente a grande pedra com íons positivos e outras com íons negativos”
para que elas se atraíssem entre-si e – um dia – se tornassem novamente uma GRANDE PEDRA SÓ...
Esse argumento, já antigo, tenta demonstrar que uma das características que tributamos a Deus não é possível. Logo, sendo impossível essa característica, qualquer informação a respeito de dele merece descrédito.
A problemática pode ser descrita em dois termos: se deus é uma invenção humana, ele é tão humano quanto nós e foi mal projetado. No entanto, se Ele não é humano, e criou todas as coisas, tentamos explicá-lo com características humanas; não conseguiremos.
Esse problema se estenderá não apenas as características atribuídas a Deus, mas também as suas ações, ou a falta delas. “Se Ele é Deus é onipotente, porque permite a fome, miséria, morte de inocentes, catástrofes, injustiças, crimes? Logo, torna-se sem utilidade um Deus onipotente que não usa seu poder em nosso favor, nem mesmo consegue criar uma pedra que não possa levantar.
Se Deus existe, nossas expectativas em relação a Ele são tão pessoais e egoístas que se Ele compartilha os mesmos sentimentos humanos deve se entediar. Se de fato, Ele, o criador de tudo, deixou sua forma divina (ou falta de forma visível), tornou-se humano, para relacionar-se conosco e falar acerca de sua vontade sem intermediários: profetas, sacerdotes, homens santos; e em sua onisciência nos vê preocupado com pedras deve pensar: onde foi que eu errei? Porque esse povo tornou-se tão fútil, preocupados com bobagens, sem a mínima vontade de conhecer quem os criou.
Se Ele é apenas lenda, tanto faz, pois uma nunca conseguiremos criar algo tão perfeito quanto um deus que cria todas as coisas. Sempre teremos bugs na criação, pois nos deparamos com um problema cíclico, criar alguém que tenha mais capacidade criativa do que aquele que o criou. Impossível!
Agora, com relação ao paradoxo inicial, lanço um argumento tão lógico, quanto o próprio paradoxo: Deus pode criar uma pedra que não possa levantar, mas mesmo assim Ele tem capacidade de levantá-la se assim desejar.
Abraços!!!!
PS. Precisamos marcar uma nova ida ao Bendito Suco, me amarrei nas histórias do Fera Ferida. Hehehehehe. Visite meu blog: HTTP://filhoimperfeito.blogspot.com.
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bem... na verdade não to sendo nem lógico muito menos mitológico. senão, grafaria deus com "D" maiúsculo.
eu acho que mais alerta à semântica da idéia que o texto sugere.
p. ex., se o texto admite a "construção da pedra pesada", então É LÓGICO que pode admitir a continuação
da história apresentada.
bem, o "conceito de deus" é de um ser superior ao homem. logicamente, ele não pode ser mais tolo que um homem... um homem, por mais tolo que seja, nem sempre produziria algo que, sozinho, não
pudesse sustentar, LOGO, a pergunta perde um pouco de lógica-prática... uma vez que vivemos
num mundo real-lógico-e-prático, não é mesmo ?
a Lógica só pode ter lógica se for aplicada a coisas lógicas. uma vez q a lógica fomentada no campo social e filosófico não satisfaz, em todo, aquilo que nos é visivel aos olhos, esta mesma lógica não será um abrigo seguro para compreender a lógica do invisível... daquilo que só é sentido. (( não estou falando de deus ))
é óbvio que, na prática, a máxima do onisciente-presente-potente de fato dá brechas ao questionamento
do texto. porém, alguns estudos muitas vezes são apresentados, digamos, de forma "crua", vazia.... justamente pra que hajam e recebam o devido tempero, objetivando trazer uma determinada compreensão. ou seja,
aquele conhecimento se valerá de um "complemento" de um outro para que assim faça uma espécie
de construção, uma engenharia textual...
em todo magistério é assim.... seja no campo da academia ou no campo gnóstico. num semestre
voce aprende algo que te valerá como "base" em conteúdos futuros.
sendo assim, sómente quem domina de forma mais apurada pode "deschavear a pegadinha" que
o texto imputa. coisa que não fiz, e não seria o caso, por eu não saber... assim que possível
vou analisar se descubro um significado concreto e plausível para o tema dos "OOOs"
o que descrevi realmente na história foi o que a ciencia já admite "cientificamente falando" que:
o universo era completamente condensado e, de repente, explandiu-se...
é que deus é tão metido, tão metido, que aceitou o desafio de construir um pedrão que não desse
conta de suportar e ainda, de quebra, disse: "vou carregar a pedrona e andar numa corda bamba..."
só que ai, ele se desequilibrou deixou a pedra cair, esta se espatifou, quebrou em vários pedaços...
e novamente, NASCEU O UNIVERSO...
ps.: ele quebrou o braço, clavícula, várias escoriações graves, e ainda empenou o triangulo-flutuante
da cabeça... e dizem que ele sumiu, e andava procurando pedra-por-pedra pra descer o cascudo no ser que inventou a tal ideia...
ehehehe !!!
(xoomei@uol.com.br)
A onisciência não teria importância para essa questão?
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