Houve alguns períodos, nos anos 90, durante minha graduação, em que eu praticamente não ficava em casa, só na USP, e tomava café da manhã, almoçava e jantava no bandejão, sem qualquer tipo de lanche durante os intervalos. Só fazia um lanchinho por volta das 23 horas, quando eu chegava em casa.
Aulas de manhã e à tarde, biblioteca, nadava das 18 às 19 horas todos os dias, ou quase todos os dias, jantava e ia de novo para a biblioteca, e lá ficava até ela fechar, às 22:30 horas. Então teve época que nem banho eu tomava em casa, e nem tomava banho com sabonete. Saia da piscina e tomava uma ducha, para tirar o cloro, sem sabonete nem xampu nem nada.
Nadava inclusive em dias muito frios, de inverno, com a piscina completamente vazia, sem ninguém junto. Teve inclusive uma vez que eu e alguns amigos pulamos a cerca e invadimos a piscina, de madrugada. Foram embora e fiquei lá, sozinho, na escuridão total, boiando. Senti medo? Claro. Mas nadar no inverno e na escuridão, sozinho, eram coisas que me davam um senso muito grande de fruição e realização.
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