Wednesday, May 17, 2017

Ser diferente: sozinho, na discrição, todos juntos?

No livro “A conquista da felicidade” Bertrand Russell (1930) afirma que ser diferente não é necessariamente uma sentença de morte. Ser diferente, em uma sociedade mais tradicional, e levantar, sozinho, a bandeira de sua diferença para com o mundo é um ato bastante corajoso ou suicida, como também demonstrou Harvey Milk mais de 30 anos depois: era melhor que todos saíssem do armário, de uma vez, juntos. Sair sozinho é sempre temerário.

Ter uma pequena divergência de opinião para com a maioria das pessoas de um determinado grupo, em um ambiente de trabalho ou em casa por exemplo, a qual diz respeito a um fato acessório de sua vida, e guardá-la somente para si, é algo que protege, e muitas vezes nos livra de desavenças inúteis e danosas.

Mas ser diferente é algo de outra dimensão. Ser não é acessório. Não é parte, é a totalidade do que é uma pessoa. Então, para esse caso, mais vale Milk do que Russell em 1930. Alan Turing e sua prisão em 1952, condenação e castração química que o digam.

Mas ser diferente é algo de outra dimensão. Ser não é acessório. Não é parte, é a totalidade do que é uma pessoa. Então, para esse caso, mais vale Milk do que Russell em 1930. Alan Turing e sua prisão em 1952, condenação e castração química que o digam.

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