No livro “A conquista da felicidade” Bertrand Russell (1930) afirma que
ser diferente não é necessariamente uma sentença de morte. Ser diferente, em
uma sociedade mais tradicional, e levantar, sozinho, a bandeira de sua
diferença para com o mundo é um ato bastante corajoso ou suicida, como também
demonstrou Harvey Milk mais de 30 anos depois: era melhor que todos saíssem do
armário, de uma vez, juntos. Sair sozinho é sempre temerário.
Ter uma pequena divergência de opinião para com a maioria das pessoas de
um determinado grupo, em um ambiente de trabalho ou em casa por exemplo, a qual
diz respeito a um fato acessório de sua vida, e guardá-la somente para si, é
algo que protege, e muitas vezes nos livra de desavenças inúteis e danosas.
Mas ser diferente é algo de outra dimensão. Ser não é acessório. Não é
parte, é a totalidade do que é uma pessoa. Então, para esse caso, mais vale
Milk do que Russell em 1930. Alan Turing e sua prisão em 1952, condenação e
castração química que o digam.
Mas ser diferente é algo de outra dimensão. Ser não é acessório. Não é parte, é a totalidade do que é uma pessoa. Então, para esse caso, mais vale Milk do que Russell em 1930. Alan Turing e sua prisão em 1952, condenação e castração química que o digam.
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