Não sei por que esses caras, esse trio germânico (Es, Ich und Über-Ich), resolveram me jogar, numa noite dessas, no meio dos nazistas.
Em uma emboscada, capturaram a mim e ao meu irmão. Como tentou fugir, foram mais maus com ele. Quando vi, ele estava sendo arrastado, inconsciente e, segurando pelas pernas, batiam com sua cabeça num pilar, para matá-lo. Foi o tempo de eu poder gritar, soluçando, em alemão, que era meu irmão: "Mein bruder!".
Soltaram-no imediatamente, e ele milagrosamente acordou e saiu cambaleando.
Acordei, ofegante, enclausurado no trem que iria para algum campo de concentração...
Ou melhor, depois de poucos segundos, me reconheci no absurdo conforto de meu quarto.
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